Neuroaprendizagem: o que é e qual sua importância?

Neuroaprendizagem: o que é e qual sua importância?

Publicador por: Teste de QI em: 14/06/2021

Descubra como preparar seu cérebro para aprender mais rápido, reter informações com mais qualidade e desenvolver novos talentos.


Nosso cérebro, como qualquer músculo, precisa ser constantemente exercitado para trabalhar com cada vez mais eficiência. Quanto mais conhecemos o funcionamento do cérebro, mais possibilidades descobrimos de como exercitá-lo e melhorar nossas capacidades de raciocínio, aprendizado e desenvolvimento.


Uma das áreas de estudo do cérebro que mais tem se desenvolvido nos últimos anos e, por isso, ganhado cada vez mais atenção é a da neuroaprendizagem. Os numerosos estudos feitos têm permitido descobrir as diferentes funções do cérebro e como sua forma de atuação muda de uma pessoa para a outra.


Os diversos benefícios dessa área da neurociência podem beneficiar pessoas em seu ambiente de trabalho, na escola e nas relações sociais cotidianas.


Descubra aqui o que é e como aplicar práticas de neuroaprendizagem no seu dia a dia.


O que é a neuroaprendizagem?


Esse não é um nome que todo mundo conhece, mas na prática está muito presente no dia a dia das pessoas. Essa vertente da neurociência em parceria com a área da educação tenta explicar de que maneira seu cérebro funciona na hora de aprender coisas novas, buscando mecanismos que ajudem a tornar o ensino mais eficiente.


Assim, a neuroaprendizagem nada mais é que considerar o cérebro como a base principal do processo de aprendizado das pessoas, estudando suas funções e encontrando modos de estimular partes específicas do cérebro para que a habilidade que se deseja ensinar seja desenvolvida com mais facilidade.


Ainda que a explicação pareça simples, os processos utilizados são um tanto complexos. São muitos pequenos detalhes a serem considerados, já que exige aprender algo novo sempre depende de uma sincronia entre as infinitas conexões neurais, além da necessidade de que elementos cognitivos específicos sejam acionados para cada tipo de informação que temos que assimilar e armazenar.


Cada vez que você aprende uma coisa nova seu cérebro passa por uma reorganização estrutural, adaptando os conteúdos já memorizados e respostas guardadas, resgatando experiências vividas e interligando esses dados.


Já dá para perceber que aprender não é algo que depende só de esforço e vontade, não é? Sem o que os especialistas chamam de plasticidade cerebral, ou seja, a capacidade do seu cérebro de modificar conhecimentos antigos e criar novas relações entre informações, mesmo aprender as coisas mais simples podem se tornar um desafio


Regiões do cérebro: o que cada parte processa?

Com a complexidade que é o processo de aprender algo novo, não é de se espantar que seu cérebro divida as tarefas por zona. Cada uma das áreas do seu cérebro é responsável por gestionar um novo tipo de conhecimento. São esses tipos de conhecimento que a Neuroaprendizagem estuda mais a fundo para buscar mecanismos e práticas específicas para otimizar o processo de educação.


Existem quatro áreas cerebrais com responsabilidades específicas que são estudadas pela Neuroaprendizagem:


Córtex frontal

O córtex cerebral é toda aquela parte cheia de ranhuras, que a maioria das pessoas considera como o cérebro todo. Na verdade, o cérebro tem muitas outras partes além dessa que vemos desenhada com mais frequência.


Se o todo é o córtex cerebral, o frontal, naturalmente, é a parte da frente, mais colada na sua testa. Essa parte do seu córtex cerebral é que processa as informações mais imediatas e concretas, cuidando de funções como o raciocínio, pensamento crítico, percepção e atenção.


Mesencéfalo

É a área bem logo abaixo do seu córtex cerebral, bem no centro do crânio, descendo pelo seu pescoço em direção à sua medula. Essa pequena porção do seu cérebro é quem cuida do funcionamento dos seus sentidos, ou seja, visão, olfato, paladar, audição e tato. Ela também cuida dos movimentos oculares e da sua coordenação motora.


Sistema límbico

É a parte bem no miolo do seu cérebro, no meio de tudo, entre o córtex cerebral e o mesencéfalo. É nessa parte que seus instintos e emoções são processados, fazendo aquelas conexões que mencionamos entre o que você está aprendendo e as experiências já vividas. Por essa relação que existe entre emocional e experiências, o sistema límbico cuida, também, da sua memória, definindo o que merece ou não ser armazenado.


Hipocampo

O hipocampo, na verdade, é uma parte do sistema límbico. Já falamos que o sistema límbico no geral tem um papel de armazenar memórias, não é? Pois é, o principal responsável por esse processo dentro do sistema límbico é seu hipocampo. é ele quem cuida do processo de gerar e recuperar memórias, ou seja, quem te deixa armazenar o que aprendeu e acessar quando for necessário.


Como promover a neuroaprendizagem no dia a dia?


Aprender depende muito da capacidade de reter informações e novas experiências e, como vimos, a parte principal do cérebro para a memória é o sistema límbico, principalmente seu hipocampo. Como essa região também está muito relacionada às emoções, é natural que o aprendizado, em certa medida, também seja um processo emocional.


É por isso que uma das principais recomendações da Neuroaprendizagem é criar com os estudantes situações que se relacionem com suas emoções. Dessa forma, é preciso criar situações favoráveis para que o funcionamento do seu cérebro seja facilitado e a memorização do que se está aprendendo mais simples.


Claro, nem tudo é emoção nesse processo, afinal, existem muitas habilidades a serem desenvolvidas e o pensamento crítico, raciocínio e coordenação motora estão em outras partes do seu cérebro.


Ao desenvolver uma atividade de aprendizado é essencial garantir um ambiente e ferramentas que ofereçam estímulos para que conexões específicas sejam feitas. Atividades que trabalham mais de uma habilidade ativam mais áreas do cérebro e, por isso, criam conexões mais eficientes para gestionar e memorizar o que se está aprendendo.


Atividades motoras que envolvam raciocínio e planejamento, por exemplo, têm muito mais impacto do que desenvolver exercícios para essas habilidades em atividades separadas


Além disso, é preciso considerar que somos seres sociais e que nosso cérebro também funciona melhor em contextos sociais, de forma que a neuroaprendizagem recomenda que, sempre que possível, as atividades sejam realizadas em grupo, gerando colaboração e debate.


Quanto mais possibilidades de resolução, tentativas e hipóteses uma atividade gerar antes que se chegue a resposta final, mais o cérebro é estimulado a criar novos padrões e conexões e mais eficiente é a memorização e aprendizado com a experiência.


Para medir sua inteligência agora mesmo, experimente nosso Teste de QI Online e descubra seu potencial cognitivo!